Escrever é como se a dor fosse embora...
Como se a insatisfação cessasse...
Como se alguém estivesse aqui agora me lendo...
Parece que as palavras não vem na minha cabeça,
E apenas tenho sentidos aguçados.
Como se eu fosse um balão, que ao longo do tempo
tivesse meu espaço preenchido...
E que em alguma hora, chega no seu limite...
Ou estoura, ou deixa soltar o ar...
Nem ser molde e nem moldura
Isso me consome...
Me agonia
Deixar com que o ar simplesmente saia,
É como se deixasse ser aceitável
Como se baixasse a cabeça,
E em movimentos mecânicos concordasse com tudo.
Dizendo sempre sim...
Deixar chegar ao limite
É como se abandonasse o barco
Como se a vida não significasse nada,
E em paralisia parasse no tempo.
Esquecendo a história...
Me vejo de novo...
Em condições que não queria estar
Em condiçoes que não queria sentir
E tudo não passa de um simples desabafo
Que termina facilmente em lágrimas,
Com um coração amargurado,
Com perguntas na cabeça,
e mais ainda,
Com a dúvida de como tudo irá terminar..